Trump: caça às bruxas ou crime?
O circo midiático que tirou a atenção dos problemas do governo Biden para um processo contra Donald Trump é mais importante e polêmico do que parece.
Rio de Janeiro, 5 de abril de 2023 - Edição 019 - Nulla dies sine linea - Atualizado 17h00min
Donald Trump não é santo e nem diz que é, antes que venha a gritaria. Ele pode ter cometido crimes na vida e, se a justiça tiver provas disso, que condene após o devido processo legal. Você não precisa gostar dele para querer que tenha um julgamento justo, como qualquer cidadão. Simpatizar ou não do réu sequer deveria ser uma questão, mas nestes tempos estranhos infelizmente é.
Tudo começa quando Alvin Bragg foi eleito promotor distrital do Condado de Nova York. Ele ficou conhecido ao representar a família de Eric Garner, homem negro morto pela polícia e por liderar o processo de Nova York contra Harvey Weinstein. Ele processou o governo Trump mais de 100 vezes e, durante a campanha, disse que “pegaria” o ex-presidente se fosse eleito.
Bragg debruçou-se sobre o código penal em busca de uma maneira de “pegar” Trump até chegar ao caso em questão, a ser julgado em primeira instância na cidade natal do réu, majoritariamente democrata e que com um longo histórico de ataques a ele. Trump não espera um julgamento justo na sua cidade e já conta com uma derrota para recorrer. Seus advogados tentam tirar o processo de Nove York, mas com poucas chances. Sua mudança para a Flórida já é parte do seu divórcio com a cidade de ajudou a reerguer nos anos 80.
O preocupante nesse caso, num país em que promotores de justiça são eleitos, é ver como um advogado militante, radical ideológico, pode fazer da perseguição a um desafeto político sua plataforma eleitoral. Pense o que quiser do ex-promotor e atual deputado federal Deltan Dallagnol, mas ele exerceu o cargo como concursado e teve que deixar o MP para entrar na política. A mistura entre judiciário e política é das mais explosivas que existe.
O processo seguirá seu curso e aqui não vai nenhuma torcida, a não ser pela própria justiça. E é por ela que muitos americanos já começam a temer, vendo o que cada vez mais se parece uma caça às bruxas com tons políticos que estariam envenenando o processo. Algo que faria os pais fundadores da América, quase todos advogados, revirarem nos túmulos.
Por aqui, Jair Bolsonaro vai também responder pela acusação de tentar surrupiar quase vinte milhões de reais em joias. Qualquer comparação entre os dois casos é, até o momento, uma idiotice inconsequente e desinformada, para dizer o mínimo. Se quiser mais detalhes jurídicos sobre o caso, recomendo os artigos do célebre Alan Dershowitz.
Quando a justiça se torna política e midiática, deixa de ser justiça. Aqui ou na terra de John Adams e Antonin Scalia.
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Alexandre Borges
Analista Político @ Jovem Pan News
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👏🏼👏🏼👏🏼 Cadê o tunel do tempo?
Tentarao pegar Trump como pegaram Al Capone. Ele ajudou a construir NY? Ele é contravençao, isso sim… Declaracao de impostos de US$750 entre
2016/17 ! Consta que em 2020 nem imposto pagou ! Fear City mostra bem a relacao mafia x NY x construtoras x politicos… Semelhante com o modus operandi dos empresarios envolvidos na #LavaJato.
Quando a justiça é midiatica, deixa de ser justiça por que?
Moro & Deltan sairam da magistratura ou melhor, sairam com eles… ( dedo do #prerrogativasmandanobrasil que mais parece ser justiceiro de politico corrupto e empresarios metidos em esquemões… ) Sem o apoio popular nao existiria a #LavaJato
E mais midiatico que nossos ministros do STF, nao tem…